Já estava na hora. Depois de três medalhas em três Mundiais, finalmente chegou o dia de Mayra Aguiar subir no lugar mais alto do pódio da principal competição de judô do ano, disputada em Chelyabinsk, na Rússia. E foi com merecimento, com superioridade. Ao estilo Mayra Aguiar.
Mayra já era recordista de medalhas no Mundial júnior – com quatro, um ouro, uma prata e dois bronzes. Agora passa a ser uma das brasileiras mais vitoriosas ao somar também mais quatro medalhas no Mundial sênior: um ouro, uma prata e dois bronzes. E ela tem só 23 anos.
E se não deu para conquistar o ouro nos Mundiais anteriores, na distante Chelyabinsk ele não escaparia. A gaúcha aplicou ippon já na estreia, contra a italiana Assunta Galeone. Em seguida, também não deu chances para a espanhola Laia Talarn, com um waza-ari e um yuko.
Veio então o confronto com a atleta da casa, a russa Alena Kachorovskaya. Azar o dela: ippon para a sogipana em menos de um minuto e meio. Na semifinal, o confronto com uma velha conhecida, a norte-americana Kayla Harrison – rival em embates clássicos de Mundiais, Jogos Olímpicos e Grand Slams passados. Dessa vez deu Mayra, com waza-ari e um yuko.
Na grande final, um confronto nem tão frequente, com a medalhista olímpica e campeã mundial Audrey Tcheumeo, da França, mas igualmente perigoso. Contudo, hoje era o dia de Mayra. E ela fez por merecer. Aplicou um waza-ari e manteve a vantagem até o fim. Até o esperado ouro. O primeiro dela, o quarto da Oi/Sogipa e do Rio Grande do Sul.
*publicado originalmente no site da FGJ pela Assessoria de Imprensa
